domingo, 30 de dezembro de 2012

Comentou o Otário

Quando era menino ouvi o comentário mais estúpido de toda a minha vida, nunca mais esqueci.
Um coleguinha, com aproximadamente 10 anos de idade na época, querendo fazer parte de uma conversa soltou a seguinte pérola:
Pôxa ! O michael Jackson fala inglês pra caralho!!!!!! 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Os 10 Mandamentos - Plágio ?


As 42 confissões negativas eram confissões feitas a 42 deuses que guardavam os portais que antecediam a sala do julgamento de Osíris. Diante de cada deus ele devia afirmar que não cometera um determinado pecado. Elas estão no livro dos mortos egípcio e um de seus escritos mais antigos estão nas pirâmides de Guizé, que datam de aproximadamente 5 mil anos antes de Cristo. São palavras que certamente percorrem a terra por mais de 7 mil anos.
A egiptóloga Tamara L. Síuda afirmou que: “Quase todos os 10 mandamentos ou o que neles é proibido aparece no livro dos mortos.”

Analisei as semelhanças entre Os 10 Mandamentos e As 42 Confissões Negativas.
A surpresa foi perceber como eles se preocupavam com a vida eterna e com o árduo caminho até ela. 

Retiradas do livro dos mortos egípcio, as confissões são tudo o que um egípcio não deve fazer para encontrar a vida eterna, conceito tão antigo quanto as primeiras pirâmides. Os egípcios não acreditavam na reencarnação, depois de mortos, eles desejavam viver a eternidade em companhia de seus deuses.

O livro dos mortos é o livro de regras mais antigo que se tem na história, mas antigo que a toráh, livro sagrado dos judeus. Era no livro dos mortos que se baseava a vida e como proceder em sua casa e em sua sociedade.

“...O Egito era a pátria de Moisés, é fácil ver como o Livro dos Mortos e a cultura egípcia influenciaram a bíblia...”  (Carole R. Fontaine, PhD, Professora de teologia bíblica e história da Andover Newton Theologial School).


As palavras não são minhas. Todo o pensamento foi retirado do documentário da History sobre o Livro dos Mortos Egípcio.

A forma de fé hoje existente tem em sua base milênios de história passada em pergaminhos e com outros deuses sendo regentes.

Colocarei as 42 Confissões Negativas integralmente neste texto, mas antes disto, os 10 mandamentos e suas “correspondentes” confissões negativas serão expostas. Nada colocarei de opinião quanto as comparações, prefiro que cada um tenha sua própria opinião. 
  
Livro dos Mortos do Antigo Egito
Extratos do Papiro da Real Mãe Nezemt
As Confissões Negativas - Capitulo 25, prancha 5

1. Eu não cometi pecados
2. Eu não assaltei
3. Eu não roubei
Êxodo 20:15 Não deves furtar
4. Eu não agi com violência
5. Eu não matei seres humanos
Êxodo 20:13 Não deves assassinar
6. Eu não roubei oferendasÊxodo 20:15 Não deves furtar
7. Eu não causei destruição
8. Eu não pilhei a propriedade divina do templo
9. Eu não cometi falsidade
10. Eu não sequestrei grãos
11. Eu não amaldiçoei Êxodo 20:16
12. Eu não transgredi
13. Eu não abati o rebanho divino do templo
14. Eu não fiz o mal
15. Eu não saqueei a terra cultivada Êxodo 20:17
16. Eu não agi com luxuria
17. Eu não amaldiçoei ninguém
18. Eu não fiquei irado sem causa justa
19. Eu não dormi com o marido de nenhuma mulher Êxodo 20:14
20. Eu não polui a mim mesmo
21. Eu não aterrorizei nenhum homem
22. Eu não pilhei Êxodo 20:15
23. Eu não agi com raiva
24. Eu não me fiz de surdo ao ouvir palavras de justiça e verdade
25. Eu não aticei brigas Êxodo 20:16
26. Eu não fiz ninguém chorar
27. Eu não forniquei Êxodo 20:14
28. Eu não destruí meu coração
29. Eu não amaldiçoei ninguém Êxodo 20:16
30. Eu não exagerei
31. Eu não realizei julgamentos precipitados Êxodo 20:16
32. Eu não cortei a pele e pelos de animais divinos
33. Eu não elevei minha voz em conversas
34. Eu não cometi pecados e não procedi mal
35. Eu não amaldiçoei a realeza
36. Eu não desperdicei agua
37. Eu não agi com arrogância
38. Eu não amaldiçoei divindades Êxodo 20:7
39. Eu não agi com falso orgulho
40. Eu não agi com desdém
41. Eu não aumentei minhas riquezas exceto por meio de meus próprios recursos Êxodo 20:15
42. Eu não desprezei o principio de minha cidade


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O mundo é um moinho - Cartola


(intro) D#m7(5-)  E/D  C#m7    Ebº  Bm7  B7  E7  A6(9)  G7  F#7


            Bm7      Bm/A
Ainda é cedo amor,
         E7/G#    E7                C#m7
mal começaste     a conhecer a vida
        A           A/G        D/F#
Já anuncias a  hora de partida
                   Bm7                               E7   C#m7(5-)   F#7
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

                 Bm7             Bm/A
Preste atenção querida,
  E7/G#               E7                      C#m7
embora eu saiba    que estás resolvida
                     A                A/G          D/F#
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
                  Bm7                                    E7   E7/B
Em pouco tempo  não serás mas o que és


                 D#m7(5-)
Ouça-me bem amor,
                  E/D                        C#m7
preste atenção o mundo é um moinho
                                             Bm7
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
               E7                    Bbº        F#7 F#7/E
Vai  reduzir as ilusões a pó,

                   D#m7(5-)
Preste atenção querida
                  E/D                           C#m7
de cada amor tu herdarás só o cinismo,
                                               Bm7
quando notares estás a beira do abismo

  B7                  E7                   A6(9)    G7   F#7
Abismo que cavaste com teus pés

A verdade sobre o Maná ?


...............gotículas de secreção produzidas por insetos,ou seja, o povo comia merda.


Maná (Hebraico: מָ‏ן man) significa: O que é isto?
Alimento que cai do céu (Êxodo 16:14, 15 e 30)

Depois que o orvalho secou, flocos finos semelhantes a geada estavam sobre a superfície do deserto. (...) Disse-lhes Moisés: “Este é o pão que o Senhor lhes deu para comer. (...) O povo de Israel chamou de maná àquele pão. Os israelitas comeram maná durante 40 anos, até chegarem às fronteiras de Canaã.

Ciência:

Árvores do gênero dos tamariscos, que ainda hoje ocorrem na região da Arábia Saudita, produzem uma seiva doce que serve de alimento para alguns tipos de insetos. O pão que os judeus chamam de maná seriam gotículas de secreção produzidas por insetos que se alimentam da seiva, que caem como pequenos flocos cristalizados, semelhantes aos descritos no Êxodo. Rica em carboidratos, a seiva dos tamariscos fazia do maná uma fonte de energia essencial para uma multidão que caminhava dia e noite no deserto.

Fé:
Segundo a Bíblia, o maná era enviado diariamente e não podia ser armazenado para outro dia. Também não era fornecido aos sábados; por isto Deus enviava uma quantidade maior às sextas-feiras, e neste caso o maná podia ser guardado para o sábado sem se deteriorar.
O fenômeno descrito em Êxodo 16 e outras passagens bíblicas Deuteronômio 8:3 , Neemias 9:15, Salmos 78:23-25 e 105:40, João 6:31, só pode ser explicado como um milagre. Ao examinar o suposto "maná", em 1927, Friedrich S. Bobenheimer, da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriu que piolhos de plantas, cigarras e cochonilhas se alimentam das tamargueiras do deserto do Sinai e excretam o excesso de seus carboidratos na forma de uma substância doce. Essa substância se evapora em partículas que se assemelham à geada. Supõe-se que esse era o "maná" que Josefo declarou ser ainda encontrado em sua época no Sinai. A aceitação da narrativa de Êxodo 16 exclui a possibilidade de que o "maná" da tamargueira tenha sido o alimento milagroso com o qual os israelitas sobreviveram por 40 anos. O maná do céu foi provido ao longo do ano, mas seu suprimento cessou tão logo entraram na terra prometida.
O "maná" da tamargueira é encontrado no Sinai somente durante os meses de junho e julho. A quantidade desta matéria é extremamente pequena e não poderia alimentar a muitas pessoas,ao passo que Deus nutriu uma nação inteira com o maná por quase 40 anos. Além disso, o maná bíblico não podia ser preservado sequer para o dia seguinte, a não ser aos sábados e também diferia em sua forma de preparo pois podia ser cozido ou assado. Em contraste, o "maná" da tamargueira pode durar vários dias e embora possa ser cozido, não pode ser assado. Essas diferenças indicam que aceitar a interpretação contemporânea, que explica o maná como um produto natural do Sinai, significa rejeitar o relato bíblico.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A Música


A música p'ra mim tem seduções de oceano! 
Quantas vezes procuro navegar, 
Sobre um dorso brumoso, a vela a todo o pano, 
Minha pálida estrela a demandar! 

O peito saliente, os pulmões distendidos 
Como o rijo velame d'um navio, 
Intento desvendar os reinos escondidos 
Sob o manto da noite escuro e frio; 

Sinto vibrar em mim todas as comoções 
D'um navio que sulca o vasto mar; 
Chuvas temporais, ciclones, convulsões 

Conseguem a minh'alma acalentar. 
— Mas quando reina a paz, quando a bonança impera, 
Que desespero horrível me exaspera! 

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal" 
Tradução de Delfim Guimarães 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Lenda de Lilith - A Primeira Mulher ?

A Justificativa para a existência de Lilith é que em Gênesis 1:27 Deus cria o homem, macho e fêmea os criou, sendo assim, Eva seria  criada apenas em Gênesis 2:22 formando Deus a Eva da costela de Adão.
Há também a tese de que seriam dois relatos diferentes em Gênesis um Javista e outro Eloísta.

Na Bíblia, os principais arquétipos femininos são o de Eva, a mulher que trouxe o pecado para a humanidade; e o de Maria, a mulher que trouxe ao mundo aquele que salvaria todos os homens do pecado. Porém, há na mitologia semita, uma terceira mulher cuja trajetória está diretamente ligada à do destino da humanidade: Lilith, a primeira esposa de Adão, a serpente que enganou Eva, o demônio da luxúria.

Existem algumas versões diferentes da lenda de Lilith, na mais aceita pelos estudiosos do mito e com fundamentos na Talmud (um dos livros considerados como fonte da sabedoria rabínica), Lilith é criada por Deus da mesma forma como Adão, ou seja, moldada pelas mãos divinas, só que a partir de lodo e fezes. Os dois são o primeiro casal, responsáveis por cuidar do Éden. Só que com o tempo Lilith se rebela por não se conformar em estar em uma posição inferior a de seu marido, já que ambos foram criados a imagem e semelhança de Deus. A submissão é detectada inclusive sexualmente, onde Lilith exerce poder de sedução e entorpecimento orgástico em Adão e ele, por outro lado, se deita continuamente sobre ela, num sinal de domínio no coito e na relação, o que Lilith não aceita (GOMES & ALMEIDA, 2007: p. 11).

Em busca de igualdade, Lilith entra em conflito com seu marido, contesta sua posição de inferioridade, e contesta também o criador, tendo que escolher entre se submeter ou deixar o jardim. Ela escolhe a segunda opção e parte para um exílio no Mar Vermelho, reduto de demônios. Durante algum tempo Lilith se vê impelida por anjos a voltar ao jardim, porém escolhe viver como demônio e abandona de vez Adão (RODRIGUES, 2007: p. 07). Este, triste por perder sua mulher, adormece, e a partir de sua costela Deus cria Eva, uma mulher que saiu do homem, portanto dependente e submissa a ele, a que seria oficialmente a primeira esposa de Adão, a mãe da humanidade.

Após seu exilo no Mar Vermelho Lilith volta ao Jardim do Éden como um demônio, e na forma de uma serpente é responsável pela tentação de Eva, que levou toda a humanidade ao pecado. Com astúcia, Lilith confunde Eva e desperta nela o desejo de igualdade, não a igualdade com o homem, que a primeira mulher antes desejava, mas a igualdade com o próprio Deus (FONSECA, 2007).

Na Bíblia, não temos nenhuma referência à Lilith, e a serpente é identificada com o Diabo, mas no imaginário judaico, já associado às lendas mesopotâmicas, Lilith é o demônio da luxúria (NOGUEIRA, 2002: p. 17) – que tentava os jovens sexualmente á noite levando-os a sonhos eróticos e “polução noturna”-, e mais tarde, com a maior sistematização das crenças de Israel, a lenda foi acoplada à idéia do Diabo e suas hostes.

Por outro lado, o mito de Lilith, presente originalmente na cultura dos babilônicos e assírios, perdurou também na tradição oral dos hebreus e nos livros de sabedoria, considerados apócrifos pela cultura cristã. Além disso, a lenda tem sido retomada pelo estudo das religiões, religiões e mitologias comparadas, psicologia e pela astrologia e misticismo, onde Lilith é a lua negra, a face oculta lunar.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Via Dutra - Nova Iguaçú - RJ 2012


História na Memória - Dona Izaura




 

Um dia ao sair de um turno de trabalho, tomei um ônibus e sentei-me ao lado desta senhora aí da foto, "Dona Izaura" que na vontade de conversar, característica de quem muito viu e viveu, disparou:

 A cidade de Belford-Roxo está jogada as traças e entregue a sujeira, pois é, toda vez que não há reeleição, o prefeito que sai deixa de pagar a empresa de coleta e ficamos assim, tendo que pagar crianças carentes para jogar nosso lixo o mais longe possível da nossa casa.

Ah ! Só existia um político que realmente trabalhava aqui, Vitório Roseira, este sim era bom, foi ele quem conseguiu a linha de ônibus para Central do Brasil, fez a obra da ponte do Bom Pastor, sem a qual tínhamos que dar uma volta muito grande ou pegar um ônibus para ir-mos ao outro lado. Ele era realmente bom, foi ele quem asfaltou a rua onde morava, "Rua Serenidade", na época, presenciei uma briga dele com o falecido prefeito "Joca" que disse que ele não podia ter asfaltado e que quem deveria ter realizado tal melhoria era a prefeitura, obrigando o  Vitório sair do estado, para não levar o crédito por ter conseguido o asfalto.

Dona Izaura continuou com a conversa dizendo que vinha de uma família de treze irmãos e que tinha muito orgulho de seus cinco filhos, católica praticante, hoje não mora mais em Belford-Roxo, mas freqüentemente volta a região para ver parte da família.

Segue uma receita para combater inflamação na garganta que Dona Izaura afirma ter feito para um dos filhos e segundo ela "é batata".

Bata no liquidificador romã com um vidro de Biotônico Fontoura e dê uma colher pela manhã e outra a tarde, pronto ! Após 23 anos seu filho nunca mais teve problemas de garganta.

Márcio Marcelo.
 

Nelson Cavaquinho - A flor e o Espinho / Minha Festa

Cartola - Alvorada - 1974 (DVD)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Nomes de Favela - Moyseis Marques


   Nomes de Favela



O galo já não canta mais no Cantagalo
 A água já não corre mais na Cachoeirinha
 Menino não pega mais manga na Mangueira
 E agora que cidade grande é a Rocinha!

Ninguém faz mais jura de amor no Juramento
Ninguém vai-se embora do Morro do Adeus
Prazer se acabou lá no Morro dos Prazeres
E a vida é um inferno na Cidade de Deus

Não sou do tempo das armas
Por isso ainda prefiro
Ouvir um verso de samba
Do que escutar som de tiro
Pela poesia dos nomes de favela
A vida por lá já foi mais bela
Já foi bem melhor de se morar
Mas hoje essa mesma poesia pede ajuda
Ou lá na favela a vida muda
Ou todos os nomes vão mudar

    Restaure você o seu altar........

    Antes de Deus mandar fogo do céu (I Reis 18:24-38)  consumir o holocausto, Elias teve que restaurar o altar.
    A música a seguir é muito bonita, mas ela tem em sua liberdade poética, um confuso pedido a Deus, pois na música, o autor pede a Deus para vir restaurar o seu altar, quando na verdade restaurar o altar é responsabilidade humana, a Deus cabe mandar fogo do céu ao altar restaurado.
    Vem restaurar o meu altar
    Diante do meu Deus
    Eu vou me quebrantar
    E permitir o teu agir
    Sem ti eu nada sou, eu quero renascer
    Vem responder com fogo, vem recolher meu choro
    Vem receber toda a minha humilhação, oh, pai,
    Vem com poder de novo erguer o meu altar
    "Quando Deus acredita no teu potêncial, Ele não move uma palha ao teu favor"......
     
    Márcio Marcelo.
     
     

    quarta-feira, 21 de novembro de 2012

    Temor e tremor - Leandro Karnal

    A Importância da História

    Holland conta que um amigo, ao assumir a reitoria de uma universidade nos Estados Unidos, teve logo de cara um primeiro desafio.  O  aluno tradicionalmente, ao fim do curso, apresentava um trabalho histórico e era feito um grande congresso para a discussão destes trabalhos.
    O problema era que há mais de dez anos o tema era o mesmo, Hitler e o nazismo, e queriam um tema novo. Esse seu amigo propôs então discutir um processo medieval de nome Cruzadas, momento em que Ocidente e Oriente se digladiaram e que, entre outras, outras questões, a religião, ainda que estivesse longe de ser um elemento central, é, aos olhos contemporâneos, uma discussão relevante.  O conselho, ao ver a proposta, o chamou de louco. Como uma coisa tão antiga e sem importância seria o tema?
    Enfim, ele conseguiu em meio a muita desconfiança realizar o evento, e a resposta de que ele não estava tão errado veio em 11 de setembro do ano seguinte.  Quatro aviões sequestrados por terroristas islâmicos levaram o horror aos Estados Unidos. Uma velha pergunta aparece: "por que nos odeiam?"  No seu primeiro discurso pós-evento, Bin Laden disse que era uma vingança contra o Ocidente invasor.
    O presidente norte-americano W George Bush, desnorteado em meio aos eventos, vai a uma Mesquita e faz um discurso público dizendo que sabia que aquele ato não era Islâmico, mas que estaria dali por diante realizando uma Cruzada contra o terrorismo.  Mais infeliz impossível.

    segunda-feira, 19 de novembro de 2012

    O Sangue seco de Jesus, julgue você mesmo.

    Javista, Eloísta, Deuteronômica e Sacerdotal

    Durante muitos séculos se pensou que Moisés tivesse escrito pessoalmente todo o Pentateuco. Em 1753, Astruc, médico de Luís XV (rei da França), notando que Deus era chamado, no Pentateuco, ora de “Iahweh” ora de “Elohim”, aventou a hipótese de que isso se devesse a narrações paralelas. Nascia assim a hipótese documentária. Ela passou por reformulações e sua história foi ampliando suas fronteiras em decorrência das descobertas arqueológicas, que restituirão antigos documentos assírio-babilônicos. Hoje dificilmente se encontrará um especialista que não admita que o Pentateuco seja constituído por quatro documentos, embora as pesquisas tendam, às vezes, a se diversificarem muito e a atribuição de um ou outro versículo a esta ou àquela tradição possa ser contestada.

    Veremos em nosso estudo então estas quatro tradições de que se compõe o Pentateuco, a Javista, a Eloísta, a Sacerdotal e a Deuteronômica.

    A tradição Javista

    A tradição Javista, designada pela letra J é assim chamada porque desde o começo dá a Deus o nome de Iahweh. Ela se originou provavelmente no tempo de Salomão, em torno de 950 a.C., nos meios reais de Jerusalém. O rei ocupa nela um lugar de proeminência; é ele que faz a unidade da fé.
    Ainda não se tem uma unanimidade quanto aos limites do documento Javista, mas podemos supor, com numerosos estudiosos, que ele comece em Gn 2, 4b e termine com a narração de Balaão em Nm 22; 24, incluindo a narração da falta de Israel em Baal-Fegor Nm 25, 1-5.
    As narrativas da tradição Javista caracterizam-se por um vigoroso estilo de conto popular e uma pitoresca descrição de personagens.
    Para o Javista, Deus envolve-se ativamente na história da humanidade e, em especial, na de Israel. O Javista começa a narrativa com a criação (Gn 2, 4b -31), apresentando a história da humanidade como o pano de fundo contra o qual o Senhor chama Abraão e lhe faz uma promessa que só o Êxodo e a conquista de Canaã realizam plenamente. O tema da promessa e concretização predomina na apresentação javista da história patriarcal.

    A tradição Eloísta

    A tradição Eloísta, designada pela letra E, dá a Deus o nome de Elohim. Ela nasceu talvez por volta de 750 a.C., no reino do Norte, depois que o reino unido de Davi-Salomão se dividiu em dois. Muito marcada pela mensagem de profetas como Elias e Oséias, ela dá muita importância aos profetas.
    Os limites do documento Eloísta são difíceis de discernir. Podemos dizer, que o documento Eloísta começa com o ciclo de Abraão, o seu final não é fácil de ser determinado, fragmentos dele podem ser encontrados em Nm 25 e 32, mas provavelmente eles não constituem o fim primitivo dessa tradição. Alguns autores pensam que há textos Eloístas integrados no Deuteronômio.
    A fonte Eloísta está tão entrelaçada com a Javista, que fica muito difícil precisar e separar as duas fontes em todas as situações. Como a fonte Eloísta ficou subordinada a Javista, o que resta da narrativa Eloísta muitas vezes está incompleto.
    Na tradição Javista, temos como fundamento a benção de Deus, dada a Abraão, que será transmitida ao povo e aos povos vizinhos pela realeza, principalmente por Salomão. Já na tradição Eloísta, como o reino unido está dissolvido, a figura da realeza não tem mais a predominância, aparecendo agora a figura do Profeta e o fundamento será o temor de Deus, não como um medo de Deus, mas como uma obediência à sua Palavra.
    Estas duas tradições se fundiram em Jerusalém pelos anos 700 a.C. Esta fusão, chamada Jeovista (JE), não é simples adição; ela foi a ocasião para se completarem e se desenvolverem algumas tradições, como a tradição Deuteronômica e a tradição Sacerdotal.

    A tradição Deuteronômica

    A tradição Deuteronômica, designada pela letra D está contida principalmente no Deuteronômio, mas influenciou outros livros. Começada no reino do Norte, foi terminada no de Jerusalém.

    A tradição Sacerdotal

    A tradição Sacerdotal, designada pela letra P do vocábulo alemão Priesterkodex, que quer dizer “código sacerdotal”, se originou durante o exílio em Babilônia, de 587 a 538 a.C., e depois. No exílio, os sacerdotes reliam as suas tradições para manterem a fé e a esperança do povo.
    Essa obra se empenha em procurar na herança do passado uma resposta para a seguinte pergunta: em que apoiar-se para continuar a viver no meio das nações?
    Insiste primeiro no pertencer a um povo, na comunidade do sangue, o que explica a importância das genealogias na história sacerdotal: trata-se de manter, por meio delas, a identidade de Israel em Babilônia a fim de evitar a dissolução do povo e permitir a Deus a realização de suas promessas.
    Como não é mais possível ir ao templo (por estarem no exílio) insiste-se no sábado, como o tempo consagrado a Deus e na circuncisão, como sinal de pertencer a Israel. Com isso, já é possível uma vida religiosa; ela consiste em criar uma comunidade dirigida por um sacerdote, na qual a função do templo é desempenhada pela palavra de Deus.
    Nesta tradição, a figura fundamental não será então mais o rei, nem o profeta, mas o sacerdote e o fundamento não serão mais a benção nem o temor de Deus, mas a fé e uma esperança de um tempo melhor.

    Tribos do sul, de Judá, chamavam Deus por seu nome, Yahweh ou Javé. Já as tribos ao norte adotava um título mais formal, Elohim. Para resolver o problema, o editor do Gênesis contou a história dos eloístas no primeiro capítulo e dos javistas, no segundo. São duas tradições diferentes. Mais religiosos, os eloístas falavam que Deus criou o mundo em seis dias, descansando no sétimo. O homem apareceria ao lado da mulher e de outros animais no sexto dia. Mas no texto javista, Deus cria o mundo em um único dia. Depois, forma o homem que teria papel ativo para formar os elementos do mundo. Até a mulher surge depois, na história?, escreve a historiadora norte-americana Karen Armstrong em seu livro A Bíblia (Jorge Zahar Editor).

    Segundo ela, seria a primeira de muitas edições do texto sagrado. Para Armstrong, eventos como o Êxodo nunca existiram. Porém, como Canaã estaria sob domínio egípcio, era necessário criar um relato que inspirasse o povo a lutar contra essa dominação. Por isso, quando a Bíblia conta que as leis mosaicas foram encontradas no templo, durante o reinado de Josias, por volta de 622 a.C., na verdade, inventaria um relato para explicar o surgimento de leis escritas na oportunidade para tornar viável a administração do reino. ?Moisés transmitiu os ensinamentos de Deus apenas oralmente. Quem escreveu textos como Deuteronômio foram os sacerdotes dos tempos de Josias, que chamamos de deuteronomistas?, sustenta Armstrong.
    Em 589 a.C., Jerusalém foi invadida e arrasada pelos babilônios. A maior parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Quando os hebreus voltaram para sua terra, décadas depois, tinham sua fé transformada, de acordo com a teoria de Armstrong. Antes eles eram politeístas e adoravam vários deuses, sendo Yahweh apenas mais um entre tantos outros como Baal, Astarote e El. Agora, após contato com os persas, Yahweh era o único Deus. Isso precisava ficar claro e, sob o comando do sacerdote Esdras, os textos foram novamente editados e enriquecidos. Teriam surgido ali os Dez Mandamentos e leis rígidas, como a proibição do casamento de hebreus com outros povos. Outras passagens, continuaram refletindo o clima de séculos de guerras com assírios e babilônios. Em vez de Deus, os autores do Antigo Testamento seriam influenciados por essa atmosfera de ódio e estariam apenas extravasando suas angústias.


    Obs.: A Bíblia não é um documento científico, é um documento que contém relatos que cremos pela fé.


    sábado, 17 de novembro de 2012

    Não Existia Galo em Jerusalém. Você Sabia?

    Muitas estórias são contadas tantas vezes, que acabam assumindo o aspecto de verdade e entrando pra história.

    O episódio da negação do Apóstolo Pedro é um bom exemplo disso:

    Você sabia que devido a uma lei mosaica, não se criava galos em Jerusalém, para que não sujassem as coisas sagradas ?

    Já ouviu falar que nos textos originais a  palavra usada para  "cantar" na realidade significava "ressoar" ?

    Sabia que os romanos dividiam a noite em vigílias, que se alternavam de três em três horas?

    Sabia que o "ressoar do galo" nada mais é do que o "toque da trombeta" romana para a troca de turno da guarda ?

    Há inclusive teólogos que dizem que Pedro nunca negou a Cristo e que essa estória foi contada para que os cristãos aprendessem a perdoar os irmãos, que por medo, durante a perseguição aos cristãos, negassem a fé, Assim, se Pedro que era apóstolo negou e depois teve grande importância para a igreja, as pessoas poderiam retornar à comunidade cristã, mesmo tendo por medo de morrer negado a fé.

    Nada disso significa que as Escrituras não são verdadeiras, como um livro relacionado a fé, elas nos trazem lições e lembrem-se Jesus em seus ensinos muitas vezes se utilizava de parábolas.

    Não devemos ser fundamentalistas, nem tudo é ao pé da letra, seja um cristão inteligente.

    Leia o seguinte trabalho teológico no seguinte link:
    http://www.artigocientifico.com.br/uploads/artc_1307101231_74.pdf

    quinta-feira, 15 de novembro de 2012

    Resposta a Um Amigo

    Um amigo me mandou uma mensagem dizendo estar muito triste,pois, ao visitar um de seus filhos, no hospital, que se recuperava de uma operação para retirar excesso de pele no pênis, o menino berrava pedindo pra ele ir embora e querendo que quem estivesse ali fosse o padastro.

    Neste SMS, entre outras coisas, ele falava que quando era um bobo sonhador era mais feliz.

    Eu fiquei uma noite um  dia e mais uma noite pensando em o que dizer a ele e nada me veio a mente que fosse capaz de minimizar sua dor, já que justifica-la não era necessário, foi aí que me lembrei de uma frase de um líder religioso japonês do século XIII (Nitiren Daishonin) que dizia: "Sofra o que tiver que sofrer, desfrute o que houver para ser desfrutado. considere tanto a alegria quanto o sofrimento como fatos da vida".

    Quanto a ser um sonhador, me ocorreu que em uma viagem, ficar olhando a paisagem na janela é mais divertido que chegar a estação, aludindo à idéia de que o sonho seja boa parte do caminho na realização de algo, sonhe meu amigo aproveite a vista e boa viagem.

    Márcio Marcelo

    terça-feira, 13 de novembro de 2012

    Estudo sobre João Batista

    [João é equivalente ao português Jeoanã, que significa “Jeová Mostrou Favor; Jeová Foi Clemente”].

    João, o Batizador, filho de Zacarias e de Elisabete; precursor de Jesus. Ambos os genitores de João eram da casa sacerdotal de Arão. Zacarias era sacerdote da divisão, ou turma, de Abias. — Lu 1:5, 6.

    I. Nascimento Miraculoso.

    No ano 3 AEC, durante o designado período de serviço da divisão de Abias, chegou a vez de Zacarias usufruir o raro privilégio de oferecer incenso no santuário. Enquanto estava em pé diante do altar do incenso, apareceu-lhe o anjo Gabriel com o anúncio de que ele teria um filho, que devia ser chamado João. Este filho seria um nazireu vitalício, como fora Sansão. Seria grande diante de Yehowah, iria diante Dele, “a fim de aprontar para Yehowah um povo preparado”. O nascimento de João seria um milagre de Deus, uma vez que tanto Zacarias como Elisabete eram de idade avançada. — Lu 1:7-17.

    Quando Elisabete já estava grávida de seis meses, ela recebeu a visita de sua parenta, Maria, então grávida por espírito santo. Assim que Elisabete ouviu a saudação de sua parenta, seu filho por nascer pulou na sua madre, e, cheia de espírito santo, ela reconheceu que a criança que nasceria de Maria seria seu “Senhor”. — Lu 1:26, 36, 39-45.

    Por ocasião do nascimento do filho de Elisabete, os vizinhos e os parentes queriam dar-lhe o nome do pai, mas Elisabete disse: “De modo nenhum! Mas ele se chamará João.” Daí, perguntou-se ao pai como ele queria que seu filho se chamasse. Conforme o anjo lhe dissera, Zacarias perdera a fala desde o momento do anúncio de Gabriel a ele, de modo que escreveu numa tabuinha: “João é o nome dele.” Daí se abriu a boca de Zacarias, de modo que começou a falar. Nisso, todos reconheceram que a mão de Deus estava com a criança. — Lu 1:18-20, 57-66.

    II. Início de Seu Ministério.

    João passou os primeiros anos de sua vida na região colinosa da Judéia, onde moravam seus pais. Ele “crescia e se tornava forte em espírito, e continuava nos desertos, até o dia em que se mostrou abertamente a Israel”. (Lu 1:39, 80) De acordo com Lucas, João iniciou seu ministério no 15.° ano do reinado de Tibério César. João teria então uns 30 anos. Embora não haja registro de que João se empenhasse em serviços sacerdotais no templo, esta era a idade em que os sacerdotes iniciavam seus plenos deveres. (Núm 4:2, 3) Augusto faleceu em 17 de agosto de 14 EC, e Tibério foi nomeado imperador pelo Senado romano em 15 de setembro; de modo que seu 15.° ano decorreria desde fins de 28 EC a agosto ou setembro de 29 EC. Visto que Jesus (também com cerca de 30 anos) se apresentou para o batismo no outono, João, seis meses mais velho do que ele, deve ter iniciado seu ministério na primavera de 29 EC. — Lu 3:1-3, 23.

    João iniciou sua pregação no ermo da Judéia, dizendo: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” (Mt 3:1, 2) Ele trajava roupas feitas de pêlo de camelo, e um cinto de couro ao redor dos lombos, similar à vestimenta do profeta Elias. O alimento de João consistia em gafanhotos e mel silvestre. (2Rs 1:8; Mt 3:4; Mr 1:6) Ele era instrutor, e, concordemente, era chamado de “Rabi” pelos seus discípulos. — Jo 3:26.

    III. Objetivo da Sua Obra.

    João pregava o batismo para o perdão de pecados dos arrependidos, limitando seu batismo a judeus e a prosélitos da religião judaica. (Mr 1:1-5; At 13:24) O envio de João era uma manifestação da benevolência de Deus para com os judeus. Eles estavam numa relação pactuada com Yehowah, mas eram culpados de pecados cometidos contra o pacto da Lei. João trazia à atenção deles que haviam violado o pacto, e instava com os sinceros a se arrepender. Seu batismo em água simbolizava tal arrependimento. Assim estavam em condições de reconhecer o Messias. (At 19:4) Pessoas de toda sorte se dirigiram a João para ser batizadas, inclusive meretrizes e cobradores de impostos. (Mt 21:32) Vieram também ao batismo fariseus e saduceus, contra os quais João dirigiu pungente mensagem de denúncia e aos quais falou do julgamento que estava às portas. Ele não os poupou, chamando-os de “descendência de víboras” e indicando que nada valia confiarem em sua descendência carnal de Abraão. — Mt 3:7-12.

    João ensinava aos que se dirigiam a ele que deviam compartilhar as coisas e não fazer extorsões, que deviam ficar satisfeitos com as suas provisões e não hostilizar a ninguém. (Lu 3:10-14) Ensinava também aos seus seguidores batizados como orar a Deus. (Lu 11:1) Naquele tempo, “o povo estava em expectativa e todos raciocinavam nos seus corações a respeito de João: ‘Será este o Cristo?’” João negou que fosse ele e declarou que Aquele que vinha após ele seria muito maior. (Lu 3:15-17) Quando sacerdotes e levitas se chegaram a ele em Betânia, do outro lado do Jordão, perguntaram se ele era Elias ou se era “O Profeta”, e ele confessou que não era. — Jo 1:19-28.

    João não realizou milagres, como fizera Elias (Jo 10:40-42), todavia, veio com o espírito e o poder de Elias. Realizou uma poderosa obra ao fazer “retornar os corações dos pais aos filhos e os desobedientes à sabedoria prática dos justos”. Cumpriu o objetivo para o qual fora enviado, “de aprontar para Yehowah um povo preparado”. Deveras, ‘fez retornar muitos dos filhos de Israel a Yehowah, seu Deus’. (Lu 1:16, 17) Ele veio à frente do representante de Yehowah, Jesus Cristo.


    IV. João Apresenta “o Cordeiro de Deus”.

    No outono de 29 EC, Jesus se dirigiu a João para ser batizado. João, de início, objetou a isso, conhecendo sua própria pecaminosidade e a condição justa de Jesus. Mas Jesus insistiu. Deus prometera a João um sinal, para que pudesse identificar o Filho de Deus. (Mt 3:13; Mr 1:9; Lu 3:21; Jo 1:33) Quando Jesus foi batizado, cumpriu-se o sinal: João viu o espírito de Deus descer sobre Jesus e ouviu a voz do próprio Deus declarar que Jesus era Seu Filho. Evidentemente, não havia outros presentes ao batismo de Jesus. — Mt 3:16, 17; Mr 1:9-11; Jo 1:32-34; 5:31, 37.

    Por cerca de 40 dias depois de seu batismo, Jesus esteve no ermo. Ao voltar, João apontou Jesus a seus discípulos como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (Jo 1:29) No dia seguinte, André e outro discípulo, provavelmente João, filho de Zebedeu, foram apresentados ao Filho de Deus. (Jo 1:35-40) Assim, João, o Batizador, como “porteiro” fiel do aprisco israelita, começou a passar seus discípulos para o “pastor excelente”. — Jo 10:1-3, 11.

    Enquanto os discípulos de Jesus estavam batizando na região da Judéia, João também batizava em Enom, perto de Salim. (Jo 3:22-24) Quando chegou a João a notícia de que Jesus estava fazendo muitos discípulos, João não ficou com ciúmes, mas replicou: “Esta alegria minha . . . ficou completa. Este tem de estar aumentando, mas eu tenho de estar diminuindo.” — Jo 3:26-30.

    V. Dias Finais do Seu Ministério.

    Esta declaração de João mostrou-se verídica. Depois de um ano ou mais de ministério ativo, João foi retirado à força do campo. Foi lançado na prisão por Herodes Ântipas, porque João tinha repreendido Ântipas por seu casamento adúltero com Herodias, a quem tinha tirado de seu irmão, Filipe. Ântipas, nominalmente prosélito judeu responsável perante a Lei, tinha medo de João, sabendo que era um homem justo. — Mr 6:17-20; Lu 3:19, 20.

    Quando João estava na prisão, soube das obras poderosas realizadas por Jesus, inclusive a ressurreição do filho da viúva de Naim. Desejando a comprovação disso do próprio Jesus, mandou dois de seus discípulos perguntar a Jesus: “És tu Aquele Que Vem, ou devemos esperar alguém diferente?” Jesus não respondeu de forma direta; mas, perante os discípulos de João, curou muitas pessoas, até mesmo expulsando demônios. Daí, disse aos discípulos de João que lhe relatassem que os cegos, os surdos e os coxos estavam sendo curados, e que as boas novas estavam sendo pregadas. Assim, não por meras palavras, mas pelo testemunho das obras de Jesus, João foi consolado e teve a garantia de que Jesus era verdadeiramente o Messias (Cristo). (Mt 11:2-6; Lu 7:18-23) Depois que os mensageiros de João partiram, Jesus revelou às multidões que João era mais do que um profeta, que ele era, na realidade, aquele a respeito de quem escrevera Malaquias, profeta de Yehowah. Também aplicou a profecia de Isaías 40:3 a João, como já o fizera Zacarias, pai de João. — Mal 3:1; Mt 11:7-10; Lu 1:67, 76; 7:24-27.

    Jesus Cristo também explicou aos seus discípulos que a vinda de João se dera em cumprimento da profecia de Malaquias 4:5, 6, de que Deus enviaria Elias, o profeta, antes da vinda do grande e atemorizante dia do Senhor. Todavia, embora João fosse grande (“Entre os nascidos de mulheres não se levantou ninguém maior do que João Batista”), ele não seria membro da “noiva”, que compartilhará com Cristo no seu Reinado celestial (Re 21:9-11; 22:3-5), pois, conforme Jesus disse, “aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele”. (Mt 11:11-15; 17:10-13; Lu 7:28-30) Jesus também, de forma indireta, defendeu João da acusação de que tinha demônio. — Mt 11:16-19; Lu 7:31-35.

    Algum tempo depois dessa ocasião, Herodias deu vazão ao seu rancor contra João. Na celebração do aniversário natalício de Herodes, a filha de Herodias agradou a Herodes com sua dança, no que Herodes jurou que lhe daria o que quer que ela pedisse. Influenciada pela mãe, ela pediu a cabeça de João. Herodes, em consideração a seu juramento e às pessoas presentes, concedeu-lhe este pedido. João foi decapitado na prisão e a cabeça dele foi entregue numa travessa à moça, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João, mais tarde, vieram e removeram o corpo de João e o sepultaram, relatando este assunto a Jesus. — Mt 14:1-12; Mr 6:21-29.

    Após a morte de João, Herodes ouviu notícias sobre o ministério de pregação, de curas e de expulsão de demônios, realizado por Jesus. Ficou atemorizado, receando que Jesus fosse realmente João, que teria ressuscitado dentre os mortos. Depois disso, ele desejava muitíssimo ver Jesus, não para ouvir a pregação dele, mas porque não estava seguro desta sua conclusão. — Mt 14:1, 2; Mr 6:14-16; Lu 9:7-9.

    VI. Termina o Batismo de João.

    O batismo de João continuou até o dia de Pentecostes de 33 EC, quando foi derramado o espírito santo. Daquele tempo em diante, pregava-se o batismo “em o nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. (Mt 28:19; At 2:21, 38) Aqueles que depois foram batizados no batismo de João tiveram de ser rebatizados no nome do Senhor Jesus, a fim de receberem o espírito santo. — At 19:1-7.

    O início da Igreja

    No livro de Atos dos Apóstolos encontramos uma narrativa de como foi o início da igreja de Jesus Cristo aqui na terra, o exemplo deixado pelos apóstolos e um padrão permanente para a igreja.
    Quem quiser seguir a Cristo deve levar em conta os exemplos dos apóstolos vistos neste livro. Exemplos de santidade, ousadia, sofrimento, oração, fraternidade e união.
    As principais características da igreja primitiva, narrada no livro de Atos dos Apóstolos são:
    • As últimas instruções de Jesus e a ordenança de evangelizar as nações;
    • A igreja estava constantemente em oração;
    • A igreja supria os necessitados;
    • Curas e maravilhas eram realizadas pelos apóstolos, dando sequência ao que Jesus tinha feito;
    • Diversas citações de batismo com o Espírito Santo;
    • Grandes pregações e muitas conversões;
    • Os primeiros mártires: Estevão apedrejado; Tiago teve a cabeça cortada;
    • Prisões e sofrimento fizeram parte da vida dos apóstolos;
    • Grande expansão missionária da igreja;
    • A ação do Espírito Santo em favor da igreja.
    Com a leitura do livro de Atos dos Apóstolos devemos compreender que servir a Deus está acima de todas as coisas e mesmo em meio às dificuldades e sofrimentos é necessário mantermos o padrão bíblico de obediência a Deus.
    Fazendo uma comparação da igreja primitiva com o cristianismo atual, iremos encontrar diferenças discrepantes. Veja algumas coisas que ocorre na igreja atual e não encontramos em Atos dos Apóstolos.
    • Muitas pessoas têm procurado as igrejas evangélicas para obter benefícios materiais apenas e esquecem-se do que é de fato a igreja;
    • A igreja tem sido usada por muitos apenas para “cobrar” bênçãos de Deus;
    • O relativismo é tolerado como normal por muitos. A idéia de pecado passa ser algo muito vago, “depende”;
    • A mensagem pregada é mista, ora Jesus, ora Maria, ora algum teólogo famoso. Sobre isto Paulo escreveu aos Coríntios:
    Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.
    Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo?
    (1 Co 1.12,13)
    Ora, se foi Jesus que morreu por nós, então nosso compromisso e esperança está em Jesus.
    A igreja de Jesus Cristo iniciou sofrendo muitas perseguições. Os apóstolos foram presos, alguns apedrejados, outros mortos e tudo isto porque eles davam testemunho de Jesus Cristo.
    Eles pregavam era que Jesus havia ressuscitado, subido ao céu e que voltaria. Pregavam que era necessário o arrependimento dos pecados e entregar a vida a Jesus Cristo para obter a salvação.
    A mensagem que Paulo, Pedro, Estevão, João, Tiago e outros pregavam naquela época continua valendo para os nossos dias. Ela não caducou, pelo contrário, continua viva e atual para a igreja contemporânea.
    Leia o livro de Atos dos Apóstolos e compare como era a igreja primitiva e como é a sua igreja. Será que dá para fazer uma comparação? A mensagem que eles pregavam está sendo pregada na sua igreja? Você como cristão tem encarado o Reino de Deus com a mesma seriedade que os irmãos da igreja primitiva encararam?

    domingo, 11 de novembro de 2012

    Judeus X Samaritanos - O Porque?

    Os judeus e os samaritanos não se entendiam desde os tempos de Oséias, o último rei de Israel.

     Tudo começou quando Oséias conspirou contra Salmanasar, rei da Assíria. Samaria, a capital de Israel, foi sitiada pelas tropas assírias por três anos e, posteriormente, seus moradores foram transportados para a Assíria (2Rs 17.3-6). Isso aconteceu em 722 a.C. 

    Logo, vieram também estrangeiros e se estabeleceram na região devastada. Diz o relato bíblico: "O rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Hamate e de Serfavaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades" (2Rs 17.24). 

    Da mescla com a população que havia ficado, surgiu uma nova raça denominada de samaritanos (nome derivado de Samaria, a metrópole fundada por Onri, pai de Acabe, por volta de 880 a.C.).

    No princípio, quando os estrangeiros passaram a habitar em Samaria, eles não temeram ao Senhor; pelo que o Senhor mandou leões invadirem suas terras, os quais mataram a alguns do povo. Com razão atribuíram essa praga à ira de Deus. Então, rogaram ao rei da Assíria que enviasse um sacerdote israelita para lhes ensinar "como servir o Deus da terra". 

    E assim aconteceu que um judaísmo adulterado foi enxertado ao culto pagão.
    Quando uma parte dos judeus voltou à terra de seus pais – principalmente, mas não exclusivamente, parte dos que haviam sido deportados para a Babilônia em 587 a.C. –, e se construiu um altar para o holocausto e pôs-se os fundamentos do templo, samaritanos zelosos e seus aliados interromperam as obras (Ed 3 e 4). Assim fizeram porque negaram a eles a permissão de cooperar na obra de reconstrução. Sua petição foi: "Deixa-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus, como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir para aqui". A resposta que receberam foi a seguinte: "Nada tendes conosco na edificação da casa do nosso Deus". 

    Ao receberem essa dura resposta os samaritanos passaram a odiar os judeus. Imediatamente começaram a construir seu próprio templo no monte Gerizim; porém, João Hircano, um dos reis macabeus, destruiu o templo deles em 128 a.C. 

    Os samaritanos, não obstante, continuaram adorando em cima da montanha, onde haviam erigido o templo sagrado.

    A aversão dos judeus para com os samaritanos pode ser vista ainda em João 8.48 e no livro apócrifo de Eclesiástico 50.25,26. E a mesma atitude por parte dos samaritanos em Lucas 9.51-53.[1]



    [1] O historiador judeu Flávio Josefo (37-100 A. D.) fala de muitas e várias revoltas ocorridas entre judeus e samaritanos nos tempos bíblicos. Consulte Las guerras de los judios. Barcelona: Editorial CLIE, 1990, I, xi; Antigüedades de los judios. Barcelona: Editorial CLIE, 1988, III, ii, 2; vi, 1-3.

    Fonte: Vida Abundante

    O cheiro do Passado

    Para salvar uma vida

    As três regras do perdão

    terça-feira, 30 de outubro de 2012

    O Verdadeiro Milagre


    Certo dia Jesus estava ensinado uma grande multidão, havia cerca de 5.000 homens ouvindo Jesus, mais mulheres e crianças. Todos estavam muito atentos e interessados a ouvir Jesus e sendo curados por Ele. A certa altura, o céu começou a escurecer, estava a ficar de noite e a aproximar-se a hora do jantar, mas parecia que ninguém queria sair daquele lugar. Então os discípulos de Jesus começaram a ficar preocupados, aquelas pessoas precisavam comer... Aproximaram-se de Jesus e disseram:

    - Senhor, já é tarde e este lugar é deserto. Diz a estas pessoas que se vão embora para que comprem alguma coisa para comer.
    Jesus lhes disse:

    - Dêem-lhes vocês mesmo de comer.

    - Mas Mestre, não temos dinheiro para comprar comida para todas estas pessoas! O que faremos? - reponderam os discípulos.

    Então um dos discípulos de Jesus, chamado André disse:

    - Está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixinhos. Mas como é que isto pode alimentar tanta gente?

    - Tragam cá esse lanche e digam a todos que se sentem. - disse Jesus.

    Todos se sentaram obedecendo a Jesus.

    Jesus tomou o lanche daquele menino, cinco pães e dois peixes, agradeceu a Deus por aqueles alimentos e de seguida começou a parti-los e a distribui-los pela multidão que ali estava. Todos comeram, ninguém ficou com fome. Quando todos estavam saciados, Jesus mandou os seus discípulos recolherem os pedaços de pão e peixe que sobraram. Os discípulos obedeceram e ainda encheram doze cestos cheios de pedaços de pão e peixes que sobraram.

    Essa historinha, todos, com certeza, já estão cansados de ouvir, mas, vamos pensar de uma maneira bem lógica, para que possamos entender bem como tão MAGNÍFICO “milagre” ocorreu, de modo que fez sobrar 12 cestas de pães e peixes no deserto.

    Vamos supor que um dia, você vá por livre e espontânea vontade á um deserto. No mínimo que uma pessoa normal e sensata faz é levar MUITA ÁGUA e COMIDA, para que não passem necessidade no meio do deserto, uma vez que não é um lugar muito confortável para ouvir uma palestra.

    Ok, o conto nos diz, que Jesus estava dando a palavra e já era quase noite quando as pessoas começaram a sentir fome, mas, podemos observar na leitura dos evangelhos, que NINGUÉM pediu comida, mas sim os APÓSTOLOS ficaram preocupados com isso. Uma possibilidade de sabermos que povo NÃO ESTAVA PASSANDO FOME, porque já tinham levado comida para si, o povo não era louco de ir à um deserto sem água e nem comida, sabiam que as palestras de Jesus chamavam muita gente e era demorado, além do mais, Jesus era pobre e todos sabiam de tal coisa, mais uma prova de que ninguém iria sem mantimentos ao deserto.

    Podemos observar que no evangelho de João diz que UM RAPAZ forneceu cinco pães e dois peixinhos aos discípulos, que depois repassaram para Jesus para que ele pudesse “fazer o milagre”.

    MT-14:19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.

    Podemos observar no versículo acima, que Jesus “abençoa” antes da suposta multiplicação, ou seja, Jesus orou antes que todos pudessem comer. Ora, sabemos que Jesus era bom com as palavras, será que ele simplesmente não teria orado para que o povo pudesse dividir seus alimentos com os que quase não tinham nada? Bom, é uma suposição lógica, mas, pensem bem no lugar onde estavam e no tanto de pessoas que ali havia, Cinco mil pessoas. Será que surgiriam pães e peixes, assim, do nada? Nesse caso, se tivessem surgidos peixes e pães no meio do DESERTO, não estaria claramente explícito na bíblia para expressar a magnificência de Jesus?

    Pondo em meios mais simples, podemos saber que Jesus estava ali para fazer milagres e que o povo estava maravilhado com ele, um simples pedido de Jesus para o povo, seria imediatamente atendido, uma vez que Jesus havia ganhado o respeito naquele local.

    Observe novamente o versículo destacado.
    Veja que Jesus deu os mesmos pães aos discípulos e estes, deram á multidão, ou seja, em lugar nenhum se diz que Jesus os multiplicou com suas próprias mãos, mas diz que ele distribuiu os pães que ele havia repartido, ou seja, 5 pães e dois peixinhos.

    Bom, podemos ver que depois de comerem, todos se saciaram e Jesus ordenou que os apóstolos colhessem as sobras dos alimentos, e estas, encheram 12 cestos.

    Em nenhum lugar da bíblia, diz que o povo não tinha nada para comer, mas diz, somente que estava tarde e o local era deserto e não tinham onde COMPRAR os alimentos (para comprar o povo precisava de dinheiro, se tinham dinheiro, no mínimo tinham comprado algo antes de irem, uma vez que as cidades do oriente médio sempre foram ricas em comércios).

    Podemos ver esse “milagre” mais como uma lição aos apóstolos, que como um “milagre”, propriamente dito, pois eram só eles, os apóstolos, que estavam preocupados com a alimentação do povo. Seria uma mensagem para eles não se preocuparem, pois o povo estava prevenido e não havia necessidade de ele mandar todos irem comprar seus alimentos.

    Esse fenômeno ficou conhecido como milagre, provavelmente, para que Jesus pudesse ser conhecido como um mito por onde passava, como propaganda, para que as pessoas pudessem confiar mais em Jesus e mais pessoas pudessem segui-lo. Era necessário um certo exagero nas ações de Jesus para que ele pudesse ganhar mais e mais seguidores por onde passava, visto que este era o real objetivo de Jesus e de seus apóstolos e discípulos.

    Não podemos negar a importância deste acontecimento para o mundo cristão, mas chegar tanto tempo a pensar que pães e peixes surgiram “do nada”, é simplesmente ilógico. Pensar de uma maneira lógica, não quer dizer que tiremos a importância de Jesus, mas sim que possamos admira-lo cada vez mais pela sua sabedoria no uso de suas palavras.
    Não tenho o nome do real autor deste texto, se você souber com certeza poste no comentário que faço o crédito.

    A Última Tentação de Cristo

    Você conhece esta Senhora ?


    Dia 28 de outubro as 06:hs da manhã em Nova Iguaçu, dia do segundo turno das eleições para prefeito.
    Fico pensando em como esta senhora, que provavelmente tem idade para ser minha avó, chegou aí.Será que ela fez escolhas erradas na vida?Será que não teve opção de escolhas?
    Será que não valorizou a família?Será que não foi valorizada?Tem filhos? Netos? Alguém?
    E você ? E eu? E o mundo?O que é um mundo melhor ? Melhor pra quem?
    Não quero um Brasil que dá esmolas, bolsa família, cotas pra esse ou aquele grupo, quero um país que acerte o ponto e pronto.
    Como disse o poeta Vitor Hugo, "Ser bom é fácil, o difícil é ser justo".
    Independente dos motivos que levaram esta possível mãe, avó, esposa...................... para o "canto da rua", precisamos de políticas de reintegração, que recoloquem, que possibilitem voltar a fazer parte.
    Se você, filho, neto ou seja lá qual for o laço que tenha com esta senhora a reconhecer, esta foto foi tirada no centro de Nova Iguaçu, onde sai a Sheila Gama e entra o Nelson Bornier.

    Márcio Marcelo.

    quinta-feira, 25 de outubro de 2012

    Salvem os Cachorros e Sumam com os Cracudos


    Por estes dias o Brasil e o mundo ficou chocado com as imagens de um jovem espancando cães em uma pet shop. No "Fantástico" da mesma semana apareceram cachorrinhos doentes e deram ênfase a relação quase que familiar entre animais racionais e irracionais.
    Tem sido divulgado pela mídia também a questão dos "desagradáveis" usuários de CRACK,
    homens e mulheres que vivem como nem animais deveriam viver. Internação compulsória para adultos, retirem os "cracudos" de nossas vistas !!!
    Não consigo deixar de observar que ao contrário de outras drogas, "o crack une os miseráveis", quando se fala de usuário de cocaína se fala no singular, usuários de maconha, muitas vezes tem uma relação introspectiva com a droga, mesmo que as vezes o uso se faça em uma "roda de baforada", cada um tem seu "quinhão guardado para uma hora de necessidade". Se você procurar tem até vídeo no "youtube ensinando como plantar "sua própria maconha"(nunca ouvi falar em maconholândia ou cocaínolândia rsrsr).
    No caso do crack, raramente você ouve falar de um usuário, quando se menciona essa desgraça o termo usado é CRACOLÂNDIA, o nome até soa como uma coisa legal, parece até Disneilândia, além do mais, até lembram figurantes do famoso "TRILLER" do Michael Jakson.
    É um paradoxo a sociedade que se choca ao ver um um cachorro apanhando (nada contra o melhor amigo do homem), se acostumou a ver o homem ser tratado como um "cachorro".
    Polícia que bate no cidadão é normal, cracudos varridos como sujeira, deixando limpa a cidade pra "COPA DO MUNDO", é legal, só não maltratem os animais.

    Márcio Marcelo.

    quarta-feira, 24 de outubro de 2012

    O Nascimento do Diabo - por Júlia Signer


    Este texto abordará a idéia de como surgiu a idéia de diabo na religião cristã.


    Para tal, iniciaremos observando as crenças da religião que deu início ao cristianismo,

    o judaísmo; como também as crenças de outras religiões maiores, como o

    islamismo, ou menores, como as tradições pagãs, que alimentaram os cristãos com

    idéias demoníacas. Traçaremos a trajetória desse imaginário até os dias de hoje. A

    abordagem do texto terá caráter psicológico, focando como as crenças adotadas

    levaram a ação externa executada.

    Na tradição hebraica primitiva, havia a percepção de Deus como sendo onipotente

    e onipresente, não havia dúvida que ele reinava sobre todas as coisas. A ele

    cabia tudo o que acontecia aos seres humanos, ninguém lhe era superior. “Quem

    entre os deuses é como tu, Senhor? Quem como tu, magnífico na santidade, terrível

    nas proezas, autor de prodígios?” (Ex 15,11). A idéia de Deus alimentada por esses

    hebreus era uma força que abarcava o bem e o mal.

    Nessa percepção, a idéia de o ser humano ser uma imagem de Deus o coloca

    em uma posição integral. Ele próprio, ser humano, é capaz de sentir coisas boas e

    ruins, em si mesmo contém luz e sombra. Assim, o ser humano é igual a todos os

    outros seres humanos e o responsável por tudo é Deus.

    Na tradição hebraica, existiam

    rouch raha, espíritos malignos enviados por Deus

    como punição. Os eventos negativos na vida humana eram vistos como castigos divinos,

    assim como os eventos benignos, as bênçãos. Tanto anjos como demônios eram

    seres incorpóreos criados por Deus que apenas executavam-lhe a vontade. Eram vistos

    como manifestações divinas, a bondade ou a ira de Deus, um desdobramento do próprio

    Deus, não havia autonomia dessas formas, elas serviam a Deus.

    A imagem de Satã no Antigo Testamento, pós-exílio, é a daquele que intercepta

    o caminho, ou daquele que acusa, ou daquele que tenta o ser humano

    para violar as ordens de Deus. O demônio, em si, não é mal, ele se aproxima

    mais dos

    rouch raha.

    Sua presença mais enigmática pode ser vista em Jó, quando desafia Deus a testar

    Jó. Aqui, nitidamente está ocupando o mesmo ambiente de Deus e conversam

    entre si. Mais, Deus apóia o teste e o executa. Não existe uma distância entre a

    vontade de Deus e a vontade do diabo, parecem “compadres”.

    Não se pode afirmar que no Antigo Testamento existam dois reinos, o divino e o

    diabólico, tudo faz parte da criação de Deus. “Todos os deuses das nações são um

    nada, mas o Senhor fez os céus” (Sl 95,5). Mesmo existindo outros reinos, Deus é

    soberano a tudo e tudo criou.




    80

    Durante e após o cativeiro da Babilônia, os judeus entram em contato com os

    persas. A doutrina de Zoroastro baseava-se em permanente conflito dos princípios

    gêmeos do Bem e do Mal. Interminável briga dos

    spenta, que representam virtudes.

    E os

    dâevas, deuses tradicionais da religião iraniana, as forças demoníacas.

    Os persas trazem aos judeus a idéia de duas forças co-existentes, o bem e o mal.

    Essa percepção antes não havia, tudo era Deus. Agora não, a um núcleo bom, destinado

    ao Senhor, e um núcleo malévolo, destinado a Satã. Na passagem citada do

    Sl 95, já é apontado quem será Satã: os deuses de outros povos. Isso foi concebido

    da seguinte forma: como há de haver um bom e um mau, nós somos os bons. E eles,

    que nos são inimigos, sãos os maus, simples lógica humana.

    Dessa forma, criou-se o paganismo, aquilo que não é cristão. Nesse momento

    histórico já nasceu o cristianismo, e não me preocuparei mais com os judeus, que

    até hoje têm a idéia de um Deus onipotente e onipresente, que pela cabala respeitam

    a índole boa ou má humana e acreditam que tudo é fruto divino.

    Chegando ao cristianismo, com ele foi criado o paganismo, ou seja: aquilo que

    não é cristão. Havia de ter os representantes do mal, então foi eleito um dos principais

    deuses de tradições mágicas, o Deus Cornudo. Essa imagem de um diabo com

    chifres enrolados e pé de bode até hoje é presente, e não é ninguém menos que Pã,

    o Deus das alegrias e da fertilidade. Outros deuses também assumiram o papel de

    demônio, como Ishtar, a deusa lunar cultuada na Mesopotâmia, que se transformou

    em Astoroth, um demônio. Ou Belzebu, o deus filisteu de Ekron Baal-Zeboub, assimilado

    como príncipe dos demônios. Asmodeu, divindade persa da tempestade,

    que apresenta, na lenda talmúdica de Salomão, o papel de rei dos demônios e, sem

    apresentar caráter maligno, converte-se em demônio da lascívia.

    O chefe-mor dos demônios, porque nesse momento já há toda uma hierarquia

    e dois reinos muito bem divididos, o do céu, pertencente a Deus, e o da terra, pertencente

    ao demo. Seu líder é Lúcifer, o ser de luz, ironicamente. Há muitas lendas

    de Lúcifer. A mais popular diz que era um anjo, o mais belo de todos. Por causa

    de seu orgulho descomunal, desejou colocar seu trono acima do trono de Deus, a

    quem provocou a ira. Deus, então, enviou Lúcifer ao inferno, que seria a terra, para

    reinar lá.

    A idéia da existência desses seres malévolos independentes se torna assentada

    pelo testamento dos doze patriarcas (109-106 a.C.), no qual aparece a personificação

    da figura do demônio: Belial, chefe dos anjos caídos, coloca-se como adversário

    e rival de Deus e disputa a soberania com os humanos, incitando os seres

    humanos à inveja, ao ciúme, à cólera, ao assassinato e, principalmente, à idolatria,

    ou seja: à adoração de deuses estrangeiros: “Tu escolherás as trevas ou à luz, a lei

    do Senhor ou as obras de Belial?” (Testamento de Levi 19:1).

    Há a incorporação de todos os deuses das outras tradições, como inferiores

    ao Deus Supremo e muitas vezes como demônios. A palavra

    daimôn aparece em

    Platão e sua escola para designar seres enviados por Deus para trazer bênçãos ou

    desgraças. A palavra em si não é negativa, mas assumiu esse caráter com o tempo.

    Por volta do século II, há a tradução para o grego de livros sagrados sobre demônios

    e divindades pagãs e animais fantásticos, com isso a noção de inferno e céu

    vira algo concreto. 

    Não importa como, sempre há a necessidade do equilíbrio, e o comportamento

    humano será um produto de como o ser humano percebe e localiza as forças do

    bem e do mal.


    Bibliografia


    NOGUEIRA, Carlos Roberto.

    O diabo no imaginário cristão. Bauru: Edusc, 2002.
    SANFORD, John A. Mal: o lado sombrio da realidade. São Paulo: Paulus, 1988.