quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A mão que balança a bandeira.

Ao andar pelas ruas, em época de eleição, é impossível não "dar de cara" com a, imensa, massa de pessoas - que despidas de qualquer consciência política, ou até mesmo de qualquer engajamento ideológico partidário - trabalham nas "campanhas políticas" desse ou daquele candidato. 
Imediatamente me vem o seguinte pensamento: Nossa, quantos desempregados !
É isso mesmo, se eles tivessem outro jeito eles certamente não estariam, faça chuva ou faça sol, balançando bandeiras nos sinais; fazendo segurança de placas ( para não voarem ou não serem destruídas por opositores).
Já parou para olhar o rosto dessas pessoas ? Não consigo achar nem um traço de felicidade, só consigo ler em seus rostos o seguinte grito: Eu não queria estar aqui !
É, "eles poderiam estar roubando", "eles poderiam estar matando", mas não estão. Só estão "alienados", presos pelos R$1200,00 que vão ganhar por mês até que finde as eleições; presos pelos R$50,00 (que vão ganhar ao vender seu voto) e finalmente presos pelas promessas de que "se o homem entrar", talvez, consigam alguma indicação para um emprego.
No final das contas, chego a conclusão de que, os que "podem" querem mais é que haja os que "não podem", pois, se não fosse a existência "dos que não são vistos" (até que seja hora de distribuir "santinhos"), quem balançaria as bandeiras?

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O Menino no Mundo dos Homens

O menino consegue emprego, n'um mercadinho, para ter uma "grana" só sua (salário mínimo), ele começa a "ralar" e a se sentir um "homenzinho",
fica cansado demais para ir à escola (estudava a tarde, mas, mudou seu turno para a noite), decide, então, parar de estudar, pois, afinal, ele julga muito mais importante ter condições de ir ao baile final de semana, comprar o tênis que seus ídolos dizem, na TV, que é legal, e para ser legal quer viver intensamente, mesmo que em seu caminho tropece com o ilegal.

Ele conhece uma menina, não como as outras meninas, e a julga especial, decide que quer passar a vida com ela, mas aí ele descobre que no aluguel de uma "quitinete" vai quase todo o seu, "mínimo", salário, AINDA TEM O DEPÓSITO ! Ele pensa: Como vou comer ? Ir ao baile ? Como VAMOS viver ?
E ELA DISSE QUE ESTÁ GRÁVIDA !

O menino, percebe que para um HOMEM, e todas as responsabilidades que este termo acarreta, o "maravilhoso" salário mínimo, de nada adianta.

Mãe Terra

Um dia, o homem acreditou que o trovão; os raios; os ventos; as mudanças de maré as fases da lua e todas as outras manifestações da "Mãe Natureza", fossem divinas.
A Filosofia, foi, ao meu ver, o, real, fruto oferecido "pela serpente" em sua ânsia de lançar o ser humano, ao, verdadeiro, "Pecado Original", ou seja, a sede de conhecimento.
O bípede, mais sábio, agora, buscou explicação racional à tudo e o que passasse disto,sim, era maligno. Perdeu o temor pelos céus; mares; e ventos e em "blasfêmia", para acumular riquezas, profana e esquarteja sua mãe Gaia, trata-a como uma sem valor. O "macaco que pensa", morde a mão que o alimentou, cospe no prato que comeu , polui a água que bebeu.
Oxóssi e Ossãe em suas matas e florestas lutam para dar conta de manter os pulmões do mundo funcionando;
Posseidon de mãos dadas com Yemonjá, choram aumentando o volume das águas no mar;
Oxúm chora, sim, mas de tristeza de tanta porcaria que jogam em suas cachoeiras e rios, mas seu choro está secando, diminuindo as reservas de água potável.
No passado, eu não sei se aconteceu, mas do jeito que as coisas andam, nos mares só será possível andar sobre às águas, por que até o Cristo se for se banhar em algumas praias, sairá delas com alguma "ziquizira".

Márcio Marcelo
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