quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A mão que balança a bandeira.

Ao andar pelas ruas, em época de eleição, é impossível não "dar de cara" com a, imensa, massa de pessoas - que despidas de qualquer consciência política, ou até mesmo de qualquer engajamento ideológico partidário - trabalham nas "campanhas políticas" desse ou daquele candidato. 
Imediatamente me vem o seguinte pensamento: Nossa, quantos desempregados !
É isso mesmo, se eles tivessem outro jeito eles certamente não estariam, faça chuva ou faça sol, balançando bandeiras nos sinais; fazendo segurança de placas ( para não voarem ou não serem destruídas por opositores).
Já parou para olhar o rosto dessas pessoas ? Não consigo achar nem um traço de felicidade, só consigo ler em seus rostos o seguinte grito: Eu não queria estar aqui !
É, "eles poderiam estar roubando", "eles poderiam estar matando", mas não estão. Só estão "alienados", presos pelos R$1200,00 que vão ganhar por mês até que finde as eleições; presos pelos R$50,00 (que vão ganhar ao vender seu voto) e finalmente presos pelas promessas de que "se o homem entrar", talvez, consigam alguma indicação para um emprego.
No final das contas, chego a conclusão de que, os que "podem" querem mais é que haja os que "não podem", pois, se não fosse a existência "dos que não são vistos" (até que seja hora de distribuir "santinhos"), quem balançaria as bandeiras?

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