Holland conta que um amigo, ao assumir a reitoria de uma universidade nos Estados Unidos, teve logo de cara um primeiro desafio. O aluno tradicionalmente, ao fim do curso, apresentava um trabalho histórico e era feito um grande congresso para a discussão destes trabalhos.
O problema era que há mais de dez anos o tema era o mesmo, Hitler e o nazismo, e queriam um tema novo. Esse seu amigo propôs então discutir um processo medieval de nome Cruzadas, momento em que Ocidente e Oriente se digladiaram e que, entre outras, outras questões, a religião, ainda que estivesse longe de ser um elemento central, é, aos olhos contemporâneos, uma discussão relevante. O conselho, ao ver a proposta, o chamou de louco. Como uma coisa tão antiga e sem importância seria o tema?
Enfim, ele conseguiu em meio a muita desconfiança realizar o evento, e a resposta de que ele não estava tão errado veio em 11 de setembro do ano seguinte. Quatro aviões sequestrados por terroristas islâmicos levaram o horror aos Estados Unidos. Uma velha pergunta aparece: "por que nos odeiam?" No seu primeiro discurso pós-evento, Bin Laden disse que era uma vingança contra o Ocidente invasor.
O presidente norte-americano W George Bush, desnorteado em meio aos eventos, vai a uma Mesquita e faz um discurso público dizendo que sabia que aquele ato não era Islâmico, mas que estaria dali por diante realizando uma Cruzada contra o terrorismo. Mais infeliz impossível.
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